As doenças que atingem a cana-de-açúcar podem causar prejuízos graves às lavouras e preocupam produtores rurais Brasil afora. E não é para menos.
São mais de 200 tipos de doenças relacionadas à cana, sendo que quase 60 foram encontradas aqui, em terras brasileiras.
Para falar um pouco mais sobre o tema, montamos uma lista com 4 das principais doenças que atingem a cana-de-açúcar. Você também confere dicas de como prevenir e como tratar os problemas, sem causar prejuízos às lavouras. Vamos à leitura?
Mosaico
O mosaico é uma das doenças mais comuns nos canaviais e, também, uma das mais antigas. Ela foi registrada ainda no início do século passado e já causou grandes perdas aos produtores.
A doença é causada por um vírus que conta com ao menos 14 linhagens diferentes. No Brasil, a linhagem B é a mais comum. A transmissão se dá por meio de pulgões ou ainda pela utilização de mudas infectadas.
O mosaico tem como principal sintoma a mudança de cor nas folhas da cana-de-açúcar. Nos casos menos graves, surgem áreas de verde escuro rodeadas por um verde mais claro.
Quando a doença já está em estágio avançado, no entanto, as folhas ficam avermelhadas e podem até mesmo necrosar. Para controlar o mosaico, deve-se utilizar variedades resistentes ou retirar as plantas doentes, caso o nível de infecção ainda esteja baixo.
Carvão da cana
Entre as principais doenças que atingem a cana-de-açúcar, o carvão é um dos destaques. A doença é causada pelo fungo Ustilago Scitaminea e é uma grande ameaça ao canavial e aos rendimentos agrícolas, uma vez que faz a cana definhar e apresentar uma aparência de capim.
Um dos sintomas mais claros do carvão é o aparecimento de uma espécie de apêndice na apical do colmo, na cor prateada que, logo depois de um tempo, muda para a cor preta.
O carvão é transmitido pelo vento, pelo solo contaminado ou mesmo pelo plantio de mudas doentes.
Existem algumas formas de tratar a doença e controlar os danos causados ao canavial. Entre elas, podemos citar o tratamento térmico, uso de proteção química das mudas, retirada de plantas doentes e o uso de variedades resistentes.
Raquitismo da soqueira
Entre as principais doenças que atingem a cana-de-açúcar, o raquitismo da soqueira é identificado como a mais importante enfermidade que assola canaviais mundo afora.
E não é para menos. Inicialmente, a doença não apresenta sintomas visíveis, o que impede que o produtor descubra o problema antes da colheita.
O raquitismo provoca o surgimento de touceiras e de colmos menores. Com isso, o canavial acaba se tornando desuniforme, reduzindo também a sua produtividade.
Fatores externos ainda podem colaborar para a disseminação da doença, como falta de água e a ocorrência de doenças simultâneas.
A resistência varietal é a forma principal de controlar o raquitismo da soqueira. O tratamento térmico de toletes e a desinfecção por corte também são bastante usadas.
Estria vermelha
Para terminar a lista com as principais doenças que atingem a cana-de-açúcar, temos a estria vermelha, causada por uma bactéria.
Com origem asiática, a doença é considerada secundária no Brasil porque demanda condições de solo e de clima específicas. Ainda assim, ela causa prejuízo para produtores, sobretudo, nos estados do Pará e de São Paulo.
Quando surge, a doença provoca o surgimento de estrias longas nas folhas da cana, além de podridão da parte superior do colmo. À medida que avança, as estrias alcançam o topo da cana, o que causa o umedecimento e apodrecimento da planta.
A bactéria da estria vermelha se dissemina pelo vento e, também, por respingos de chuva. A forma mais eficaz de controlar a doença é a adoção de variedades resistentes.
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